sexta-feira, 18 de maio de 2012

da indiferença ao diferencial

De tantas coisas agradáveis que a vida me proporciona, uma delas é tão simples e, por vezes imperceptível, que se todo o mundo a descobrisse traria inúmeras benevolências com recíprocas verdadeiras. A atenção de um para com os outros é algo meramente confortável, e bem dizer, aconchegante. Está em um sorriso retribuído com o mesmo entusiasmo; em um olhar que se entreolha mutuamente; em uma pergunta com a sua devida resposta. Quão vazia é uma atitude sem seu merecido retorno. Quanto incômodo uma euforia causa, quando recebe uma ação esnobe em troca. Que coisa mais chata que é a indiferença. É com muito êxito que Érico Veríssimo afirma: ‘’o oposto do amor não é ódio, mas a indiferença’’. Quem odeia lembra, briga, sofre, não distancia. O indiferente não. Ele silencia, ignora, despreza a presença e a ausência. Ao invés de usar a indiferença, por que não utilizar um tratamento diferencial? No mais, quem transborda sentimento positivo atrai sentimento positivo, quem é carismático atrai carisma, quem é alegre atrai alegria, quem ama atrai o amor!

sábado, 21 de abril de 2012

apelos do céu

POEMA CLASSIFICADO NO CONCURSO SARAU BRASIL 2012: Concurso de novos poetas!


Apelos do céu

Chove
O céu chora
Chora pelos abandonados
Sente a dor de uma legião de desiludidos

Chove com trovões
É o grito do céu
O grito de quem precisa desabafar
A manifestação de quem quer uma palavra de conforto

Chove com trovões e relâmpagos
Uma luz do túnel dos desesperados
É o pedido da lanterna dos afogados dos Paralamas
O aviso que iria prevenir um verdadeiro caos

Chove com trovões, relâmpagos e raios
E as nuvens produziram a descarga
Descarga essa que causa calamidades
Destruição que gera destroços

A fase dos raios poderia ter sido evitada
O céu chorou e gritou
Ninguém ouviu o aviso
Trouxe a luz que não quiseram ver

Ah,se o homem desse atenção aos apelos do céu!

sexta-feira, 23 de março de 2012

mensagem de Gandhi


Eis as palavras de Mahatma Gandhi que achei interessante postar:

'' A vida me ensinou que as pessoas são amigáveis, se eu sou amigável,
que as pessoas são tristes, se eu estou triste,
que todos me querem, se eu os quero
que todos são ruins, se eu os odeio,
que há rostos sorridentes, se eu lhes sorrio,
que há faces amargas, se eu sou amargo, 
que o mundo está feliz, se eu estou feliz
que as pessoas ficam com raiva, quando eu estou com raiva,
que as pessoas são gratas, se eu sou grato.
A vida é como um espelho: se você sorri para o espelho, ele sorri de volta.
A atitude que eu tome na vida é, a mesma que a vida vai tomar para mim.
Quem quer ser amado, ame!''

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

desmistificando o retrato pra Iaiá



Retrato pra IaIá  Los Hermanos


Iaiá, se eu peco é na vontade 
de ter um amor de verdade
Pois é que assim em ti eu me atirei 
e fui te encontrar 
pra ver que eu me enganei...

Depois de ter vivido o óbvio utópico,
te beijar, e de ter brincado sobre a sinceridade 
e dizer quase tudo quanto fosse natural... 
Eu fui pra aí te ver, te dizer: 

Deixa ser, como será!
Quando a gente se encontrar 
No pé, o céu de um parque a nos testemunhar...
Deixa ser como será!
Eu vou sem me preocupar.
E crer pra ver o quanto eu posso adivinhar...

De perto eu não quis ver 
que toda a anunciação era vã
Fui saber tão longe,
mesmo você viu antes de mim
que eu te olhando via uma outra mulher
E agora o que sobrou?
- Um filme no close pro fim

Num retrato-falado eu fichado,
exposto em diagnóstico
Especialistas analisam e sentenciam: oh não!

Deixa ser como será!
Tudo posto em seu lugar
Então tentar prever serviu pra eu me enganar. 
Deixa ser, como será!
Eu já posto em meu lugar
Num continente ao revés,
em preto e branco, em hotéis. 
Numa moldura clara e simples sou aquilo que se vê



(Texto baseado nessa letra)


Ele a via tão perfeita que se tivesse uma foto dela, colocaria seu retrato na moldura que achasse mais colorida e cativante. Criou utopias platônicas e fantasiou sonhos milimetricamente pensados. Não notara que se iludir com o desconhecido era um verdadeiro deletério. Ele não a conhecia, nem teve a oportunidade de compartilhar momentos infames com ela para ter toda essa certeza de quão impecável era. A via apenas de relance, enxergando tão somente o que o seu alento e os seus olhos ordenavam.  E foi que tal eu-lírico criou uma imagem de Iaiá, a dona desses elogios, completamente diferente da realidade. Fez previsões e se enganou. Colocou expectativas e se decepcionou. Não que não seja prudente colocar boa-fé nas pessoas, mas ele devia ter sido mais cuidadoso em superestimar tanto uma mera idealização. É como um gráfico de 1° grau, linear e decrescente, que com o passar do tempo a expectativa (eixo y) se transforma em decepção (eixo x). Mas se esses devaneios nem ao menos existissem, ele seria inesperadamente surpreendido, já que o eixo x passaria a ser  a possibilidade de se surpreender e a gráfico seria, então, crescente.  Foi assim, que ele passou a ter o desejo de que sua vida fosse apenas um retrato claro e simples, mas que em tudo estavam escondidas grandes e inimagináveis surpresas.



Expectativa (eixo y)Decepção (eixo x)




Expectativa (eixo y)           Surpreender-se (eixo x)

                                                                                                                           
                                                                                         Post mediado por Matheus Magalhães.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

compra teu bilhete


Um homem pobre ia à igreja todo o dia e se ajoelhava sob os pés de uma estátua implorando a ele sempre com essas mesmas palavras:  ‘’Querido santo, por favor, por favor, por favor faz com que eu ganhe na loteria!’’ Um certo dia, depois de se cansar de ouvir por meses essas mesmas preces, a estátua criou vida, olhou pra baixo e disse ao pedinte: ‘’Meu filho, por favor, por favor, por favor,  compra teu bilhete!’’


(Baseado no livro: Comer, Rezar, Amar)